A secretária geral da Asbran, Livia Bento, juntamente com a presidente da Associação Gaúcha de Nutrição - Agan, filiada à Asbran, Marilene Sgarbi, participaram na última terça-feira, dia 12, de reunião com o Oficial Nacional de Programas da FAO - Região Sul, Carlos Antônio F. Biasi. Na oportunidade foram debatidas ações para promover o Ano Internacional das Leguminosas, ação da qual participarão várias entidades, entre elas a Asbran, o CRN2, a Emater, a Embrapa, os Guardiões de Sementes Crioulas, SESI, SESC, IES, entre outras.
A secretária aproveitou o encontro para apresentar detalhes da organização do Conbran 2016 e discutir possível apoio institucional da FAO. O evento é um dos maiores na área da Nutrição em toda a América Latina e vai acontecer entre os dias 26 e 29 de outubro, em Porto Alegre.
UM ANO PARA AÇÃO
Ao declarar 2016 como “Ano Internacional das Leguminosas”, a ONU, através da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, quer incentivar atividades colaborativas com governos, empresas, entidades civis e organizações não governamentais para aumentar a consciência pública sobre os benefícios nutricionais destes grãos, sobretudo como parte da produção sustentável de alimentos voltados para a segurança alimentar e nutrição.
O evento internacional cria oportunidades para facilitar trocas de experiências técnicas e conexões de negócio com esta importante cadeia produtiva de alimentos de origem vegetal. Por consequência vem induzir o aumento da sua produção e consumo, a nível mundial, aprimorar as rotações de culturas nas lavouras, buscar novas tecnologias no setor e fazer intercâmbios que possam melhorar o seu consumo.
Espera-se que as atividades durante 2016 fortaleçam e coloquem as leguminosas como uma alternativa de produção para toda a agricultura familiar e no centro da dieta das pessoas e das discussões em torno da Agenda 2030 para o “Desenvolvimento Sustentável” e os “17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, recém-adotado pela ONU em Nova York”.
A diversificação na produção de alimentos, entre eles as leguminosas, pode desempenhar um papel importante na redução dos riscos de sistema alimentar global, concentrado nos cultivos de poucas “comodities” com parte crescente utilizada para a produção animal.
A FAO aposta em novas oportunidades de investimento e de adequação de politicas públicas de pesquisa, ater e crédito, para que estes produtos sejam colocadas no centro das estratégias de segurança alimentar e nutricionais dos governos.
O QUE SÃO LEGUMINOSAS?
Leguminosas formam uma das maiores famílias da botânica de ampla distribuição geográfica em todo o mundo. Um de suas características é a ocorrência de frutos do tipo legumes, também conhecido como vagem, exclusiva deste grupo. As leguminosas têm importância na alimentação humana, animal, na adubação verde, além de espécies arbóreas presente nas florestas, no reflorestamento e no paisagismo.
Elas representam uma vasta família de plantas, incluindo mais de 600 gêneros e mais de 13 mil espécies. A produção das principais leguminosas comestíveis, exceto a soja, somam mais de 60 milhões de toneladas.
Entre as principais leguminosas comestíveis podemos destacar o feijão Phaseolus Vulgaris, originário da América Central é a principal leguminosa comestível em todo o mundo.
Somente no Brasil temos 14 tipos: Azuki, Branco, Bolinha, Carioca, Fradinho, Jalo, Jalo Roxo, Moyashi, Preto, Rajado, Rosinha, Roxinha, Verde, Vermelho.
A produção mundial do feijão tem ficado nos últimos anos em 22 milhões de toneladas, sendo o Brasil, a India e Minanmar os três principais países produtores.
Fonte: Asbran