Já está disponível a versão em português das orientações provisórias da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre amamentação no contexto do zika. As mães com infecção suspeita, provável ou confirmada pelo vírus, durante a gravidez ou depois do parto, devem receber o apoio profissional dos cuidadores para iniciarem e manterem a amamentação, como todas as outras mães. Nos casos em que o bebê está ou possa estar infectado, o aleitamento também deve ser feito normalmente.
A Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda que a criança comece a ser amamentada uma hora depois de nascer e continue sendo alimentada exclusivamente pelo leite da mãe até os seis meses. A partir desse período, o aleitamento deve permanecer até os dois anos de idade ou mais, com a introdução oportuna de outros alimentos adequados e seguros.
As mães e as famílias dos bebês nascidos com anomalias congênitas, como microcefalia, também devem receber apoio para amamentarem os seus bebês de acordo com as recomendações da OPAS/OMS.
Benefícios
O aleitamento materno apresenta significativos benefícios para mães e crianças, contribuindo para os objetivos do desenvolvimento sustentável relacionados com a saúde materna e infantil, a nutrição, a educação, a redução da pobreza e o crescimento econômico. À luz das evidências disponíveis, os benefícios da amamentação para os bebês e as mães superam qualquer risco potencial de transmissão do zika pelo leite materno.
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. O benefício se estende à mãe, que perde peso mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, o que diminui risco de hemorragia e anemia. O leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.
fonte: OPAS