Asbran promove campanha nacional para redução de açúcar e sal

Espírito Santo - 01/07/2014

Asbran promove campanha nacional para redução de açúcar e sal

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A Associação Brasileira de Nutrição (Asbran) lança no dia 1 de julho uma campanha para informar, especialmente aos profissionais da área, sobre a importância de se incentivar e praticar a redução do açúcar e sal na alimentação diária.

O Brasil vive um processo de transição nutricional. O crescimento da obesidade e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que chegam a afetar de maneira preocupante crianças e adolescentes, já é uma realidade. Principais agentes causadores destes males, o sal e o açúcar têm ocupado a mídia e motivado campanhas por sua redução na alimentação.

Estudos apontam que o consumo de açúcar aumentou drasticamente nas últimas quatro décadas, devido ao seu uso generalizado em muitos alimentos e bebidas (frutas enlatadas, geleias, doces em pasta, bolos, pudins, tabletes, pó para bebidas, refrigerantes). Da mesma forma, os brasileiros têm exagerado no uso de sal na comida, mais que o dobro recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E o consumo de alimentos industrializados colabora também para esse excesso. Muitos destes alimentos já entram nas residências com uma carga elevada de sal e geralmente esta carga é acrescida no preparo doméstico.

 

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Segundo a OMS, as recomendações para o consumo de açúcar simples, do total dos açucares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Isso inclui todo o consumo de glicose, sacarose e frutose. Portanto, deve-se ter atenção para a ingestão de bebidas, massas, doces, pães e principalmente no açúcar presente nos sucos de frutas.

Ao ingerir muito açúcar, seja com uso exagerado de alimentos refinados, ultraprocessados, ou diretamente por meio do açúcar de adição (doces, balas, refrigerantes, achocolatados, entre outros), o pâncreas, glândula responsável pela produção da insulina, fica sobrecarregado, já que a insulina é um hormônio requisitado para carregar a glicose do sangue para a célula para a produção de energia. A glicose, em excesso - e se a energia não for consumida -, será convertida em gordura e se acumulará no organismo, causando doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, dentre outras.

Outro nutriente que se torna vilão se consumido em excesso é o sódio que é um elemento químico encontrado no sal de cozinha (cloreto de sódio) e em grande parte dos alimentos, principalmente processados para maior conservação.

O sódio é nutriente essencial para nosso organismo, pois contribui para a regulação osmótica dos fluidos e atua na condução de estímulos nervosos e na contração muscular.  No entanto, ao consumi-lo em excesso, colabora para o desenvolvimento da hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais, entre outras que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e no mundo. De acordo com a OMS, a recomendação do consumo máximo de sódio é de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, equivalente a 5g de sal, sendo que 40% do sal são compostos de sódio. 

O Guia Alimentar para a População Brasileira orienta que a recomendação de sal não deve ultrapassar 5g por dia que equivale a uma colher de chá de sal. É preciso lembrar que o sal é utilizado no processamento de diversos alimentos industrializados. Existem alimentos que são ricos em sódio como os embutidos, por exemplo, salsichas, presunto, linguiças, conservas, etc.

É importante observar os rótulos das embalagens e comparar a quantidade de sódio nos alimentos, optando sempre por aquele que possui menos sódio/sal. Se a quantidade de sódio for superior a 400mg em 100g do alimento, este é considerado um alimento rico em sódio, sendo prejudicial à saúde, devendo ser evitado.

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