O coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Augusto Fernandes Nilson, defende a importância de projetos que buscar melhorar as condições de nutrição dos brasileiros. Ele ressalta que, mesmo com a significativa redução da desnutrição infantil na última década, ainda existem populações vulneráveis. “Tudo o que vier do Legislativo é bem-vindo para reforçar o que vem sendo feito pelo governo”, afirma.
Nilson lembra que a desnutrição é um problema que tem várias causas e relação direta com atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), a educação, a renda familiar e o saneamento básico. Ele reforça que não é possível combater a desnutrição partindo apenas de ações do setor de saúde: “O cuidado com a alimentação infantil começa com o pré-natal e, depois, com a formação de hábitos alimentares, com destaque para o incentivo ao aleitamento”, argumenta.
Mil dias
Para o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Bloufleur, o combate à desnutrição requer “ações cirúrgicas”. Ele destaca a importância de, nessas ações, investir no cuidado da alimentação das mães durante a gestação, a fim de evitar o nascimento de crianças de baixo peso e os consequentes prejuízos decorrentes dessa condição.
De acordo com Clóvis, estudos que indicam que a alimentação da criança em seus primeiros mil dias de vida – incluindo a gestação – têm impacto direto no desenvolvimento e na saúde para o resto da vida.
O representante da Pastoral da Criança reivindica que o amparo às mães continue após o parto, com a prorrogação da licença-maternidade para todas as trabalhadoras. “O Brasil precisa ser ousado para avançar nesse sentido. O governo gasta R$ 600, R$ 800 por mês com creches. Por que não oferecer esse dinheiro para as mães ficarem com seus filhos?”, questiona.
Fonte: Agência Câmara