Gestores e pesquisadores debatem agroecologia

Espírito Santo - 12/04/2016

Produzir conhecimento sobre temas relevantes da agenda nacional e fornecer subsídios para as políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Com este objetivo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) promove, nesta quarta-feira (13), reunião do Grupo Permanente de Análise de Conjuntura (GPAC), em Brasília.


No encontro, que contará com a presença da secretária executiva do MDA, Maria Fernanda Ramos Coelho, serão abordados os temas: ‘Transgênicos: significados e implicâncias na agricultura familiar’, com o professor John Wilkinson; e ‘A incorporação de um enfoque agroecológico nas políticas públicas do MDA: um balanço’, com a professora Claudia Schmitt. Ambos são integrantes do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/ UFRRJ).


Claudia Schmitt trará para o debate as dinâmicas econômicas, políticas e sociais relacionadas à institucionalização da agroecologia, com enfoque em ações e políticas voltadas para a agricultura familiar e desenvolvimento rural. A partir da contextualização da participação brasileira nas políticas voltadas para a promoção da agroecologia, a pesquisadora vai debater os sentidos atribuídos ao tema, e as dimensões envolvidas, bem como uma trajetória da incorporação da agroecologia como referencial às políticas públicas no Brasil.


Renato Maluf, coordenador do projeto GPAC pelo Observatório de Políticas Públicas da Agricultura (OPPA/ UFRRJ) relembra, nesse contexto, iniciativas importantes do MDA e do governo federal, a exemplo da criação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, destacando a necessidade de reflexão sobre o tema. “A intenção é que a academia acompanhe a temática da agroecologia e discuta quais obstáculos devem ser superados, para que haja plena absorção do enfoque da agroecologia na agricultura familiar”, salienta Maluf.


O pesquisador John Wilkinson vai abordar o surgimento das biotecnologias e das transformações do sistema agroalimentar a partir dos anos 1980, discutindo também o potencial de aplicação das novas biotecnologias na promoção da agricultura familiar e como os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) se estabeleceram e foram legalizados no Brasil. O debate vai tratar, ainda, dos mercados envolvidos, instituições criadas e do impacto dessas mudanças para a agricultura familiar.


De acordo com Maluf, o encontro do GPAC vai fornecer enfoques diferenciados para gestores e acadêmicos sobre temas relevantes e contemporâneos para a agricultura familiar. “De um lado temos a análise de questões controversas do ponto de vista do impacto ambiental e de saúde; de outro lado uma perspectiva que representa um universo oposto, que é a referência da agroecologia no que diz respeito não apenas à produção de alimentos, mas também a uma visão mais holística da natureza e dos recursos naturais”, aponta.

 

Fonte: MDA 

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