Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro consome açúcares (refrigerantes, sucos e bebidas adocicadas) e gorduras acima do recomendado. Essa tendência tem favorecido a maior incidência de doenças crônicas como obesidade, hipertensão e diabetes. Com o objetivo de construir uma política pública intersetorial para formar bons hábitos alimentares, governo e sociedade se reúnem nesta semana, em Brasília, para discutir o assunto.
Dados do IBGE revelam que 21,5% dos adolescentes homens e 19,4% das adolescentes mulheres estão com excesso de peso. Já na idade adulta, os números são ainda mais preocupantes: 50,1% dos homens e 48% das mulheres estão acima do peso. Em termos de obesidade, as mulheres lideram o índice nacional, com 16,9% - a proporção de homens é de 12,5%.
Com isso, o tema da qualidade da alimentação tem ganhado força, segundo Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutriciona l do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). "Buscamos uma alimentação adequada, principalmente para as crianças." Conforme a secretária, o brasileiro come poucas frutas e verduras e se excede no consumo de açúcar, sódio e alimentos processados. "A população tem comido muito fora de casa e gastado menos tempo para se alimentar."
O que fazer para que as escolas proporcionem hábitos alimentares saudáveis é um dos pontos em discussão. "Se a criança aprende bons hábitos, ela os dissemina em casa", garante a coordenadora geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Ministério da Educação, Albaneide Peixinho.
A proposta é em 2012 elaborar documento sobre educação alimentar para organizar ações de saúde, educação e assistência social. Promovido pelo MDS, o evento tem parceria com os ministérios da Saúde e da Educação, apoio da UnB, Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), Fundação Oswaldo Cru z (Fiocruz), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Consea.
Fonte: Ascom/MDS