Espírito Santo - 28/09/2016
CRN-4 apresenta pesquisa elogiada pela defensoria pública, que mostra irregularidades no serviço de alimentação penitenciária, podendo subsidiar plano de ação que incluí a urgência no aumento do quadro técnico de nutricionistas nessa área.
O Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª Região (CRN-4) participou da 15ª Edição do Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário, que teve como tema: “Seminário Unindo Forças, conquistando espaços - Familiares na luta pelo direito à saúde nas prisões”.
As conselheiras Denise Rodovalho e Renata Nogueira representaram o CRN-4 na mesa “Diferentes Articulações e Participação dos Familiares nas Políticas de Saúde Penitenciária”, que contou ainda com a presidente do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em privação de Liberdade de Minas Gerais, Maria Tereza dos Santos; com o coordenador do Nuspen da Defensoria Pública, Marlon Barcelos e com a representante do Conselho Estadual de Saúde, a enfermeira Nanci Rodrigues. A moderação ficou a cargo da ex-presidente do CRN-4, Kátia Cardoso dos Santos.
As duas conselheiras citadas apresentaram os resultados da pesquisa do CRN-4 e ressaltaram que esta foi realizada pela gestão anterior do CRN-4, sob coordenação da professora Luciléia Colares e tinha como objetivo fornecer subsídios ao MP em relação à :
-qualidade da alimentação e nutrição no âmbito do sistema prisional,
- adequação das instalações, materiais, equipamentos e recursos humanos envolvidos no processo.
Foram visitadas 31 unidades prisionais na região metropolitana, em Niterói e outros municípios.
Foram destacadas as seguintes características de inadequação do serviço:
- não há saladas no cardápio
- quantidade insuficiente de proteína
- não distribuição de talheres
- não há guarnição
- não há etiquetas de identificação
- não há controle de temperaturas
Para melhor ilustrar o trabalho realizado, foram apresentadas aos participantes do Fórum as fotos das visitas às unidades, que reforçaram as más condições o acondicionamento das refeições, o transporte, as condições higiênicos-sanitárias. Segundo as conselheiras do CRN-4, a ambiência foi um dos pontos mais críticos.
Em suas considerações finais, as conselheiras ressaltaram que os resultados podem subsidiar um plano de ação essencial para a melhoria da alimentação oferecida.
O defensor público, Marlon Barcelos elogiou o trabalho desenvolvido pelo CRN-4 e disse que subsídios como esse podem contribuir para que a defensoria possa levar as demandas do cidadão à Justiça.
A ex-presidente do CRN-4, entidade que integra a secretaria executiva do Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário, encerrou o evento apontando que o Ministério Público também deveria incluir em sua equipe técnica nutricionistas, pois acredita que isso contribuiria nos encaminhamentos do MP ao Sistema Penitenciário.
Propostas de encaminhamento
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