Espírito Santo - 14/03/2016
Terminou na última quinta-feira (10/03), em Brasília, o Seminário para Elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan) para o quadriênio 2016-2019. O encontro reuniu desde quarta-feira (09/03) cerca de 100 participantes, entre gestores e técnicos do governo federal e representantes da sociedade civil.
A presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, participou da abertura e encerramento do encontro. Em uma de suas falas, ela defendeu que o Plansan seja instrumento de políticas públicas para a agricultura familiar e os povos e comunidades tradicionais. “Não há soberania e segurança alimentar e nutricional no país sem o fortalecimento dos agricultores familiares e das populações tradicionais”, disse ela.
Arnoldo de Campos, secretário de segurança alimentar e nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que também é secretário executivo da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), destacou as conquistas alcançadas pelo primeiro plano, de 2012 a 2015.
“Nestes últimos anos houve uma redução muito forte da pobreza e da desigualdade, da insegurança alimentar, da desnutrição e da mortalidade infantil”, disse o secretário, que também lembrou dos problemas que surgiram. “Com o aumento do poder de compra, novos fenômenos se intensificaram no país, como o aumento do excesso de peso, da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, que são decorrentes da má alimentação”, afirmou.
As sugestões recebidas da sociedade, em conjunto com representantes de órgãos públicos, são analisadas pelos ministérios que fazem parte da Caisan. Entre as centenas de propostas apresentadas nestes dois dias de encontro, foram feitas sugestões relacionadas à redução da pobreza rural, ampliação da disponibilidade hídrica, maior acesso à água, abastecimento e consumo de alimentos saudáveis, entre outras proposições.
Também foram objeto de discussões o combate à insegurança alimentar e nutricional de grupos populacionais vulnerabilizados, como quilombolas e indígenas, a produção sustentável com foco na agroecologia e ações de prevenção e controle da obesidade.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, o excesso de peso já atingiu 55,6% dos homens adultos e 58,2% das mulheres adultas, dos quais 16,8% e 24,4%, respectivamente, estavam com obesidade.
Fonte: Consea
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