Ministério da Saúde divulga resultado da pesquisa Vigitel 2019

Rio de Janeiro - 25/05/2020

O Ministério da Saúde divulgou em abril, o resultado da pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). O levantamento revela o perfil da população brasileira em relação as doenças crônicas mais comuns.


Desde o início do monitoramento, em 2006, o maior aumento é o da obesidade, que saltou de 11,8% para 20,3% em 2019. Ao considerar o excesso de peso, 55,4% dos brasileiros estão nessa situação. De acordo com a faixa etária, o excesso de peso tende a aumentar, sendo 30,4% para os jovens de 18 a 24 anos e 59,8% entre adultos com 65 anos ou mais.


A escolaridade é um fator que contribui para diminuição da incidência do excesso de peso: 61% para pessoas com até oito anos de estudo e 52,2% para aqueles com 12 ou mais anos de estudo. A pesquisa também apontou que 7,4% dos brasileiros são diabéticos e 24,5% hipertensos.


A nutricionista Rita Frumento, presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) chama atenção para esses resultados. “Os hábitos alimentares influenciam diretamente na qualidade de vida do indivíduo. Então, temos que fazer uma leitura desse quadro de maneira ampla, sob duas premissas: uma, que a alimentação balanceada é uma grande aliada na prevenção das doenças crônicas não transmissíveis; e a outra é que o nutricionista, como profissional da saúde, é o agente indutor e executor de políticas públicas para prevenção e tratamento da obesidade. Porém, temos outra grande preocupação momentânea, que é a questão da Covid-19 e o aumento no consumo de produtos ultraprocessados, que estão associados diretamente aos casos de obesidade, hipertensão e diabetes”.


VIGITEL


A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) é realizada desde 2006, nas 26 capitais e no Distrito Federal, com o objetivo de conhecer a saúde da população brasileira e orientar programas e ações que reduzam a ocorrência de doenças crônicas.


Em 2019, na 14ª edição da Vigitel, 52.443 pessoas com 18 anos ou mais, residentes em domicílios com, ao menos, uma linha de telefone fixo foram entrevistadas. O Ministério da Saúde incluiu na apuração dois novos indicadores – consumo de alimentos minimamente ou não processados e consumo de alimentos ultraprocessados – conforme recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira. A pesquisa foi realizada entre os meses de janeiro e dezembro.


Os resultados contribuem para o monitoramento das metas apresentadas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2021, o Plano Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS 2014-2019), o Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle das DCNT, da Organização Mundial da Saúde e das metas de DCNT da agenda 2030, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).


Para acessar a Vigitel 2019, clique aqui.


Fonte: CFN/Ministério da Saúde  

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