Rio de Janeiro - 16/08/2021
O Ministério da Saúde (MS) lançou na terça-feira (10), uma campanha de prevenção à obesidade infantil, com o lema: “Vamos prevenir a obesidade infantil: 1,2,3 e já!”. A ação reforça a necessidade de incentivar crianças a adotarem uma alimentação saudável aliada à prática de atividades físicas. A pasta tem como objetivo, investir na melhoria da saúde e da nutrição das crianças, apoiando os municípios no planejamento, implementação e monitoramento de ações na Atenção Primária à Saúde.
A obesidade infantil é um tema que está nas pautas acompanhadas pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). A nutricionista Rita Frumento, presidente do órgão, classifica como importante a ação do Ministério da Saúde e avalia que os nutricionistas brasileiros possuem papel fundamental para o sucesso da iniciativa construída pela pasta. “A obesidade infantil é um tema recorrente dentro do CFN. Além da pandemia da Covid-19, vivemos a pandemia da obesidade e da desnutrição. Nós, nutricionistas, profissionais voltados para promoção da saúde e segurança alimentar e nutricional podemos contribuir de forma decisiva para reverter esse cenário que afeta milhares de crianças em todo o Brasil”.
Durante o evento foram assinadas duas portarias. A primeira institui a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), que busca articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. A segunda destina três parcelas de R$31,9 milhões por ano, durante três anos, para cidades de até 30 mil habitantes que registraram, em 2019, sobrepeso em mais de 15% das crianças menores de 10 anos. Entidades profissionais, organismos internacionais, Ministério da Educação (MEC) e MS firmaram um compromisso social, com o objetivo de apoiar a implementação das ações de prevenção e atenção à obesidade nos municípios, no âmbito da Proteja.
A Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), é uma iniciativa da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (CGAN/DEPROS/SAPS/MS). Tem como objetivo, deter o avanço da obesidade infantil e contribuir para a melhoria da saúde e da nutrição das crianças brasileiras. É uma convocação do Ministério da Saúde a todos os gestores, profissionais de saúde, sociedade civil e parceiros para reconhecer a obesidade infantil como um problema prioritário de saúde pública.
A estratégia contempla um conjunto de ações essenciais e complementares que, reunidas e implementadas nos municípios, poderão apoiar a reversão do cenário de obesidade infantil no país. A expectativa é construir um compromisso no âmbito SUS e para além dele, envolvendo gestores, profissionais de saúde, organismos internacionais e entidades profissionais para apoiar os municípios no planejamento, implementação, monitoramento de ações e intervenções na APS e nos territórios, além de mobilizar parceiros de diversos setores capazes de contribuir com a construção de ambientes favoráveis às escolhas e comportamentos saudáveis.
Para acessar a versão preliminar da Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (Proteja), clique aqui.
O Ministério da Saúde também lançou um painel para apoiar os estados e municípios no acompanhamento nutricional das crianças menores de 10 anos na Atenção Primária à Saúde (APS). A plataforma traz informações sobre a situação alimentar a partir dos dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, para os anos de 2018 a 2020. No contexto da Proteja, o painel permitirá que os gestores municipais de saúde façam o acompanhamento das ações e cumprimento de metas relacionadas ao indicador do estado nutricional, conforme descrito em Portaria. Dentro da plataforma, é possível acessar dados por estado e o percentual de crianças, por faixa etária, que apresentam sobrepeso, obesidade, peso adequado ou abaixo do normal.
A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS), Gisele Bortolini, apresentou o cenário epidemiológico atual e a estratégia da pasta para diminuir os índices de obesidade infantil. Os dados apontam que, em 2020, entre as crianças acompanhadas na APS do Sistema Único de Saúde (SUS), 15,9% dos menores de 5 anos e 31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso. Destas, 7,4% e 15,8% apresentavam obesidade, respectivamente (segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para idade).
Para acessar o painel, clique aqui.
A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) criou um curso online “Obesidade Infantil: uma visão global da prevenção e controle na atenção primária” para profissionais de saúde, com foco na prevenção e controle do excesso de peso. A capacitação será disponibilizada na plataforma Avasus (https://avasus.ufrn.br/), com carga horária de 40 horas.
Fonte: CFN e Ministério da Saúde.
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