Movimento Comida de Verdade

Espírito Santo - 15/04/2016

Movimento Comida de Verdade

 

O Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª Região (CRN-4) e a Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro (ANerj) promoveram um evento, no dia 13 de abril, na Escola de Enfermagem da UFRJ, em que reuniu nutricionistas para trocar experiências e relatar ações ligadas à alimentação saudável e à comida de verdade.

A diretora da Anerj, Kelly Gonzaga, iniciou apresentando a campanha “Brasil Saudável e Sustentável”, criada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, com o objetivo de promover a alimentação saudável para a população.

A palestrante Elisa Simas, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª Região e nutricionista coordenadora da Área Técnica de Alimentação e Nutrição pela Secretaria de Saúde de Maricá (RJ) falou sobre o tema “A importância da Articulação do Nutricionista com a Gestão Pública para o Desenvolvimento das Ações de Promoção da Alimentação Saudável”. Ela apresentou as ações desenvolvidas junto às comunidades indígenas no município de Maricá e a importância do nutricionista respeitar a cultura e a alimentação das tribos. Ela também mostrou um trabalho realizado no Dia do Nutricionista, em que mais de vinte nutricionistas de várias secretarias, em um movimento articulado, realizaram em uma praça pública a Educação Alimentar e Nutricional. Segundo Elisa, muitas pessoas não conheciam o trabalho dos nutricionistas e ficaram interessadas em tentar mudar os hábitos alimentares para se tornarem mais saudáveis. Ela afirmou que a articulação do nutricionista com os gestores públicos podem facilitar ações para promoção de hábitos alimentares saudáveis.

A palestrante Juliana Casemiro, do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e professora da UFRJ, em Macaé, falou sobre Sustentabilidade e Alimentação. Ela ressaltou que eventos como esse, promovido pela Anerj, são fundamentais para ver o que cada profissional está fazendo e o que cada ação pode repercutir na sociedade. Ela destacou que é preciso valorizar a biodiversidade brasileira e respeitar a cultura das regiões do país. Enfatizou ainda a conjuntura política do Brasil e os avanços na área da Segurança Alimentar e Nutricional.

Luana Aquino, doutora em Saúde Coletiva e professora da UFRJ e UniRio, foi a terceira palestrante e falou sobre o tema “Comida de Verdade: as mil possibilidades do trabalho com grupos e comunidades”.Ela apresentou experiências desenvolvidas por nutricionistas e estudantes em Macaé e afirmou que é possível despertar comportamentos mais saudáveis na população com ações simples como uma roda de conversa e informações simples que possam apontar a importância de se alimentar de forma mais saudável para assegurar mais saúde.

A nutricionista Mônica Mello fez uma palestra voltada pra sua atual experiência profissional em um colégio judaico. Ela relatou sua experiência exitosa em sustentabilidade no ambiente escolar. Ela iniciou apresentando dados sobre o lixo no Brasil e sua relação com o desperdício de alimentos, principalmente de produtos hortifrutigranjeiros (45%). Mônica enfatizou que a sustentabilidade é um desafio para o nutricionista. Lembrou que é importante adotar medidas pró-ativas e elaborar fichas técnicas. Além disso, ela relatou que a sustentabilidade tem a ver com a vivência. Por isso, ela contou que faz atividades com os alunos, nos sentido de minimizar as perdas utilizando sobras, estimulando a participação dos alunos no preparo dos alimentos e elaborando receitas. Ela também faz compostagem com o lixo orgânico. Ela revelou que um dos seus desafios foi entender a cultura judaica para compreender como eles lidam com os alimentos. Só o rabino, por exemplo, pode limpar as hortaliças e toda a comida é kosher. Não se consome alguns produtos como o leite.

A última palestrante do evento foi da coordenadora de Nutrição do Instituto Masan, Alana Sampaio, que falou sobre “A sustentabilidade como pilar da produção de alimentos no setor privado”. Ela relatou sua experiência na empresa, que é voltado para o aproveitamento integral dos alimentos. Disse que o instituto Masan atua como empresa terceirizada em escolas e na área da saúde. Ela organiza oficinas culinárias em creches e em comunidades e disse que as pessoas reclamam muito do preço dos alimentos, inclusive dos hortifrutigranjeiros. Uma dica que ela dá é frequentar a xepa da feira, em que os preços costumam cair. Ela relatou atividades desenvolvidas no Projeto EcoAtitude, onde trabalha com produtos recicláveis como garrafas pet, caixas de leite entre outros.

O evento terminou com um lanche oferecido aos participantes com comida de verdade.

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