Espírito Santo - 13/12/2017
O CRN-4 realizou no dia 6 o “1º Encontro de Representações do CRN-4 nos Conselhos de Controles Sociais” em sua sede no Rio de Janeiro, onde inaugurou o plenário Dr. Josué de Castro.
Participaram do evento nutricionistas de espaços de controles social como Conselho de Segurança Alimentar do Estado do Rio de Janeiro (Consea), Conselho Estadual de Saúde (CES), Conselhos Municipais de Saúde (CMS), Conselho de Alimentação Escolar (CAE), entre outros.
Na abertura do encontro, a conselheira Márcia Teixeira ressaltou a importância de se discutir entre os profissionais temas que preocupam a categoria, como as condições de trabalho, a questão da obesidade e o projeto de lei 2388 que tramita na Alerj com o título de “Política Estadual de Erradicação da Fome”, que contraria o Plano Nacional de Segurança Alimentar.
Veja imagens da inauguração e do encontro aqui
“Que nos espaços de controle social seja a nossa bandeira falar por essas causas”, ressaltou Márcia.
Na sequência a coordenadora técnica Arlette Saddy fez uma apresentação sobre a história do CRN-4, como surgiu no início dos anos 1980 e suas principais conquistas nos últimos anos.
“Foram grandes conquistas, como a luta pelas prerrogativas dos nutricionistas, a compra da sede, entre outras. Na comunicação fomos o primeiro conselho a ter um site. A entidade CRN-4 é feita pela nossa história”, contou Arlette.
Também participou do encontro o advogado Carlos Nicodemus, que falou sobre “A importância das representações nos Controles Sociais”.
No encerramento do encontro foi inaugurado o plenário com o nome do pesquisador pernambucano e personalidade mais importante do século 20 no estudo da fome e suas consequências. O presidente do CRN-4, Leonardo Murad, discursou sobre a importância de Josué de Castro até para os dias atuais.
“Vivemos um momento em que o Brasil pode voltar ao mapa da fome e que temos notícias de crianças desmaiando de fome nas escolas”, disse.
Márcio de Castro Lyra, neto de Josué, participou da inauguração como representante da família e fez um discurso sobre a vida do avô.
Além de pesquisador na área de nutricao, Dr. Josué foi pioneiro na denúncia dos males da desigualdade social como o promotor da fome e das doenças nutricionais. Ele foi indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz: em 1953, 1963, 1964 e 1965. Ganhou o Prêmio Franklin Roosevelt, da Academia de Ciência Política dos Estados Unidos, em 1952 pelo livro “Geografia da Fome”, e recebeu a Grande Medalha de Paris no ano seguinte. Foi presidente do Conselho Executivo da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e também foi embaixador brasileiro na ONU (Organização das Nações Unidas).
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