Diálogo Entre Nutricionistas discute alimentação saudável nas escolas

Espírito Santo - 16/03/2018

Apresentar as vertentes da lei que poderá melhorar a qualidade nutricional das refeições, incentivar a educação alimentar da comunidade escolar e gerar um retorno para a categoria. O CRN-4 promoveu na última quarta-feira (14), o Diálogo Entre Nutricionistas, que reuniu cerca de 50 profissionais. O evento que faz parte do Fórum de Entidades de Nutrição do Estado teve como tema a Lei nº 7846 de 15 de janeiro de 2018, que trata da obrigatoriedade da atuação de nutricionista como responsável pela análise técnica dos alimentos e pelo cardápio em serviços de lanches e bebidas em escolas públicas e privadas, no estado do Rio de Janeiro.

Foi abordada também, a recente sancionada Lei n° 7867 de 01/03/18 que tem como objetivo o uso de alimentação especial orientada por nutricionista, adaptada para estudantes portadores de doenças que exijam uma dieta diferenciada em razão de alguma deficiência ou enfermidade.

Leonardo Murad, presidente do CRN-4, iniciou o encontro apresentando os marcos legais, que constituíram esse avanço para o setor. Ainda, foram pautadas as atividades que o nutricionista deverá desempenhar, a carga horária, o vínculo de trabalho nas escolas privadas, e todas as responsabilidades do trabalho a ser desenvolvido.

Na segunda parte do encontro, foi aberto o diálogo que contou com a participação da conselheira Marcia Mazalotti, experiente na área de alimentação escolar. Ela destacou a importante inserção do nutricionista nas redes de educação, ressaltando a luta do conselho e o retorno que a lei poderá trazer à categoria e à sociedade.  No debate foi abordado o plano de fiscalização e o seu cronograma de execução.

A coordenadora de Fiscalização, Samara Crancio ressaltou que o cardápio é uma ferramenta do nutricionista que reflete um conjunto de atividades, que precedem sua elaboração tais como diagnóstico nutricional dos alunos e suas necessidades e identificação de portadores de patologia associados à alimentação. Ainda, as posteriores como o planejamento, orientação e supervisão das atividades de seleção, compra, armazenamento, produção e distribuição dos alimentos, zelando pela qualidade dos produtos, observadas as boas praticas higiênicas e sanitárias. Além de desenvolver projetos de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, inclusive promovendo a consciência social, ecológica e ambiental. Desta forma, não há como o nutricionista se responsabilizar-se apenas pela elaboração do cardápio.

“O CRN-4 defende a atuação do nutricionista não somente em serviços de lanches e bebidas, mas também, nos serviços de alimentação e nutrição assumindo responsabilidades pela produção de refeições sob o ponto de vista da qualidade nutricional e higiênico-sanitária. Conseguimos agora, uma legislação que ressalva a importância da nossa profissão. A luta deverá ser feita por todos, como categoria e também, como sociedade. É muito importante o incentivo à alimentação saudável nas escolas, formando indivíduos mais saudáveis, e o nutricionista fará parte desse trabalho, atuando com a segurança alimentar", ressaltou Leonardo.

Encaminhamentos

O CRN-4 solicitou voluntários para colaborar com um GT, que irá discutir sobre atribuições e parâmetros para a atuação do nutricionista nas escolas, além de outras estratégias que venham a surgir para a fiscalização da lei.

CRN-4 na luta pelo profissional de nutrição nas escolas

A necessidade de nutricionistas nas escolas sempre foi um assunto discutido pelo CRN4. O conselho realizou um estudo que foi apresentado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que analisou a qualidade da alimentação oferecida pelas unidades escolares e constatou a insuficiência de profissionais de nutrição na rede.

Ainda, o CRN-4 e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPERJ) selaram um Termo de Cooperação Técnica visando à melhoria e à adequação da alimentação e nutrição no âmbito das escolas privadas e públicas, estaduais e municipais, sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Diversas campanhas foram realizadas nas redes sociais e em meios de transporte com o intuito de levar à população a importância de promover a alimentação saudável nas escolas e denunciar as maneiras incorretas.  

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