Mudanças climáticas provocarão queda nas colheitas

Espírito Santo - 21/06/2016

O rendimento da agricultura cairá na próxima década devido às mudanças climáticas, a menos que sejam tomadas medidas imediatas para acelerar a introdução de variedades novas e melhoradas de vegetais, de acordo com um estudo a Universidade de Leeds, Reino Unido, publicado nesta segunda-feira pelo periófico científico “Nature Climate Change”.

O levantamento concentra-se sobre a produção do milho na África, mas os processos analisados também influenciam outras culturas comuns nos trópicos.

— Na África, o aumento gradual das temperaturas, das secas e ondas de calor causadas pelas mudanças climáticas provocarão um impacto enorme sobre o milho — alerta o autor principal do estudo, Andy Challinor. — Analisamos particularmente o efeito da temperatura sobre a duração da colheita, desde o início de seu cultivo. As temperaturas mais altas significam durações mais curtas e, portanto, menos tempo para acumular biomassa e obter um bom rendimento.

Uma nova variedade de culturas precisa de dez a 30 anos para se estabelecer e ser adotada por agricultores. Considerando a velocidade com que as mudanças climáticas chegam ao campo, a produção de alimentos está seriamente ameaçada. Para ilustrar esta situação, os pesquisadores traçaram três cenários sobre os sistemas de colheita — um otimista, um pessimista e um intermediário.

Os cientistas descobriram que a duração do cultivo se tornará significativamente menor já em 2018 em alguns locais e em 2031 na maioria das regiões de cultivo de milho na África. Apenas a avaliação mais otimista — onde há uma ação conjunta de políticas, mercados e tecnologia em busca de fazer novas variedades em dez anos — mostrou culturas acompanhando a evolução das temperaturas até 2050.

De acordo com o estudo, o investimento em desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias para produção de sementes é um dos principais mecanismos para confrontar as mudanças climáticas. Este, afirma o levantamento, é o mecanismo necessário para garantir a segurança alimentar global.

Fonte: O Globo

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